Mosteiro dos Jerónimos
T. 213620034
Lisboa, Pç. Império
Terça a domingo das 10h00 às 17h30 (Outubro a Abril);Terça a domingo das 10h00 às 18h30 (Maio a Setembro).
7 € Claustros e dependências. Grátis: Crianças até aos 14 anos; domingos e feriados até às 14h00 (visitas guiadas sujeitas a marcação prévia a autorização do director do IGESPAR, I.P.): Reformados: €3,50. Lisboa Monumental (Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e Palácio Nacional da Ajuda): €13. Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém: €10. Outros descontos.
Transportes: Autocarros: 727, 28, 729, 714 e 751: Eléctrico: 15; Comboios: estação Belém.
Monumento nacional e património mundial da UNESCO. Do conjunto monumental faz parte o Mosteiro, a Igreja, o Museu Nacional de Arqueologia e a Biblioteca da Marinha.
Sítio ofícial http://www.mosteirojeronimos.pt
Votos dos Leitores
Média da votação dos leitores, num total de 29 votos
(carregue na posição pretendida para votar)
Situado em Belém, a dois passos do Tejo, o Mosteiro dos Jerónimos, que alberga os túmulos de D. Manuel I, D. João III e do cardeal D. Henrique assim como, desde o final de Oitocentos, os de Luís de Camões e de Vasco da Gama foi sede da Ordem de São Jerónimo.
Erguido no século XVI, constitui um dos mais importantes monumentos do manuelino, com mão de mestres de grande nomeada, designadamente Diogo de Boitaca, Francisco de Arruda, Jerónimo de Ruão e João de Castilho.
A parcela manuelina do monumento engloba a igreja, o claustro, a sacristia e o refeitório, mas existem outros estilos no complexo, como o maneirista, presente na capela-mor e forro do transepto, o revivalista, no remate da torre, antigo dormitório e sala do capítulo, e o modernista, na ala este do anexo e Biblioteca da Marinha. A igreja-salão manuelina tem planta longitudinal em cruz latina, de três naves à mesma altura cobertas por abóbada única, rebaixada, polinervada com combados, apoiada em pilares oitavados. Os braços do transepto são escalonados em altura relativamente ao cruzeiro, coberto com abóbada de berço polinervada. Possui ábside maneirista rectangular no exterior e de topo semicircular no interior, coberta por berço de caixotões de mármore. Externamente, o corpo da igreja apresenta uma volumetria horizontal izante, rectangular, de aspecto unitário, coberto com um telhado de duas águas. O claustro é de planta quadrangular com octógono inscrito, com dois pisos de arcadas maineladas e galerias abobadadas com polinervuras. A sacristia é rectangular de abóbada única rebaixada. A torre e o corpo do antigo dormitório foram profundamente alterados por intervenções revivalistas neomanuelinas, que introduziram elementos decorativos de temática marinha, rendilhados e arco-botantes, igualmente aplicados nas alas norte e oeste do anexo, mas abandonados na ala este, onde se evidencia a presença do betão armado, expressando total ruptura com a tendência anterior. Registe-se que o mosteiro é um complexo arquitectónico e funcional, articulando as componentes de serviço público aos mareantes, cenóbio, mausoléu e palácio. É a única igreja do século XVI onde se atinge a plena isotropia, contituindo o exemplo tecnicamente mais avançado do programa estrutural-espacial das igrejas-salão. As origens do mosteiro remontam a 1459, quando uma bula de Pio II confirmou e instituiu em paróquia a Ermida de Santa Maria de Belém (ou do Infante) no Restelo, fundada pelo Infante D. Henrique e doada à Ordem de Cristo em 146o. Em 1496, uma bula de Alexandre VI fundou canonicamente o Mosteiro de Santa Maria de Belém, a pedido de D. Manuel, que doou a ermida à Ordem de S. Jerónimo. Em 1521, o rei Venturoso morre, sendo sepultado na Ermida por a igreja não estar ainda concluída, o que só aconteceu 30 anos depois, altura em que se deu a trasladação das ossadas de D. Manuel I, de D. Maria II e dos infantes para o cruzeiro da nova igreja. Sublinhe-se que, entre 18o8/1813, verificou-se a instalação das tropas de Wellington e do Hospital Militar britânico no mosteiro, o que obrigou ao fecho das arcadas superiores do claustro.