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Um livro, um jogo, um poema, uma procura, uma homenagem. Talvez duas. A quem já morreu, Manuel António Pina, e a quem vive há pouco mais de dois anos, outro Manuel, filho da autora.
"Esta palavra é uma coisa que perdi. Tive sorte: não perdi o meu nome, uma outra coisa com que me baptizaram e uso como coroa. Ou como capacete." Manuel diz-nos logo de início que gosta de "andar pela rua com as palavras nos bolsos". Não consta que estivessem rotos e sabe-se que eram fundos. Ainda assim, a palavra escapou-se. "Aquela palavra que perdi deixou-me um espaço em branco."
À medida que o texto e a busca avançam, a ilustração, meio abstracta, mas muito orgânica e expressiva, vai assinalando com números (de 1 a 7) algumas formas. No final, a junção de todas essas peças ordenadas permitirá desvendar o que Manuel tanto procura.
"Tive sorte: tenho mesmo a certeza de que não foi o meu nome que perdi. Nem o nome dos meus primos. Assim podemos continuar a ser. Todos juntos. E a chamarmo-
-nos uns aos outros."
Um livro sobre a linguagem, mas também sobre os afectos. A lembrar que é através daquela que nos sentimos pertença do mundo e de alguém. Melhor, de muitos alguéns. Lindo.
A Palavra Perdida
Texto | Inês Fonseca Santos
Ilustração | Marta Madureira
Edição | Abysmo
38 págs.
13€
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